O caso da Petrobrás com o governo do índio cocalero Evo Morales é um exemplo bem acabado disso. No início de seu governo, a Bolívia teve perdoada por gesto caridoso - com o chapéu alheio! - de Lula da Silva, uma divida de 70 milhões de dólares. Recebeu como agradecimento a invasão militar das refinarias da Petrobrás em solo boliviano, numa afronta ao direito internacional e ao próprio Brasil.
Da Silva respondeu que era um "direito" do povo boliviano resguardar seu próprio petróleo - um bom defensor do direito alheio, embora eu ache que deveria, por função, defender o nosso. No decorrer do imbróglio, o índio cocalero disse que iria expropriar as refinarias, e depois que iria pagar tão somente 70 milhões de dólares por elas.
Resumindo a ópera: acabou pagando os 70 milhões que disse que iria pagar, e o resto - que dizem ser outros 70 milhões - deve pagar como faria alguém que compra o bananal e paga a dívida com bananas. Da Silva disse que foi um "bom negócio". Eu sei, só faltou dizer que foi bom só para a Bolívia.
Esses são os metalúrgicos competentes em tudo. Inclusive em política internacional.
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